quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

.tu em mim, meus devaneios em ti.

eu tanto que te quero, que não mesmo sei como querer-te, ou ao mesmo, o que de ti querer.

tua quimera, é tão presente em sua falta de comparência, que posso sentir, teu corpo me roçar, mesmo sem que tu comigo estejas.

quandos apagam-se as luzes, acendendo assim meus verdes oceanos, não finitos, perdidos em teus olhos afligidos e distantes.

desde a primeira vez, em que meus lábios os teus tocaram, e tua saliva a minha se misturou, tornando teus beiços minha melhor comida e tua saliva a água que preciso beber para viver,eu sabia, desde então, que eras tu, meu complemento, meu homem.

e tu te fostes, e eu fiquei, sorrindo absolutamente só, feito boba andorinha, cantarolando todas as noites em tua ausência, por mim não sofrida: porque sinto que me tocas inteira mesmo que de longe, te sinto em mim, mesmo não estando teus ossos, de fato sobre os meus seios partidos.

- como poderia eu, enganar meu corpo em outro corpo, se nossa pele é a mesma pele em 2 corpos distintos?

- como poderia eu, enganar minha boca, se nela ainda permanece teu gosto? sinto tua boca me percorrer inteira, quando fazes que me sinta como fogos de artifícios, explodindo multicoloridos em negro céu, antes de que me ponhas para dormir?

- como poderia eu, enganar meu coração sangrento, se só quando a ti vejo, sinto minha pele suar, tremer e dormir, e quase desmaiar ao mesmo tempo? e que? ou o que mais neste mundo seria capaz de originar em meu ser sonhado, tamanho terremoto, se não tu?

- como poderia eu, enganar meu sexo, se somente tu, te encaixas perfeitamente em mim, como peças de encaixe de brinquedos infantis? és tu, mesmo ausente, que me me levas a voar todas as noites, como um foguete lançado ao espaço. tu es como a chave que me abre, não podes vê?

e quando a escuridão alcança o tempo, deitada em meu leito, te respiro, te abraco, te sinto, te toco e dormimos embolados, mesmo que imaginariamente, e só assim sou capaz de sonhar. quando o preto transforma em tons de cinzas, azuis,laranjas, e por fim amarelo, és tu que ainda dorme ao meu lado em minha cama, e desperta-me com o melhor dos beijos, antes mesmo, que meu sonho devaneiado desapareça, e ao abrir dos meus olhos, possível não seja, ao meu lado, te ver.

é assim que te vejo, te sinto, mesmo que sejas apenas cisma de uma garota sonhadora que sou,. deste modo faço, para que não faça chover gotas rubras de meu coração, por ti abandonado, se a realidade me alcancar, e quando eu, te despir for, tu sumires, como delirio meu, ou apenas como um lindo por-do-sol, que dissolve-se no céu, todas as tardes.

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