segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Já é intenso, tempo! se mate!

Hoje,
pela primeira vez em tanto tempo,
não quero ver a noite adormecendo,
para nascer o amanhã
...
Hoje,
meu corpo inverteu-se:
do estado sólido para o líquido,
"ebulindo" meu ser, até a evaporação!
 ...
Hoje,
meus mamilos eriçam,
enquanto meu tronco lângido os conectam
a minha "caverninha" em erupção
...

- Ele me faz querer ser mulher!

Hoje, já basta!
O mundo poderia parar de girar.
Tempo, já podes descansar!


Agora,
ele adormece ao meu lado,
coberta apenas de ar,
ainda sinto, espasmos nossos
dentro de mim
...
Agora ,
eu apenas ouço sua respiração plácida,
e não controlo o tremor
de minhas pernas húmidas
sobre lençoes brancos-amarelados 
...
Agora,
o tempo,
corre veloz, não se cansa, não para
....

- Ele me faz querer ir além!

                         foto: http://serguei.com.br


Quero morrer todos os dias,
de insónias gémias a esta!
Ao teu lado já não anseio por meu sono
....
Oras,
do que estou falando?
o que faço agora aqui?
...
Não tenho mais tempo para frases tolas,
ou letras embaralhadas no negro da noite
...

Hoje, Agora:
quero apenas nadar em nossos gozos!
...

vou sim, te enlaçar com meus braços,
e emaranhar-minha'lma em tua!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

enquanto o mundo me come

enquanto o mundo me come eu perco a fome...
fome de comer, fome de ter, fome de viver...

nunca me olharam tanto,
ou nunca me dei conta disso
não sei...

variados são, os olhares fitam minha carcaça:
- o mundo me quer!
- o mundo quer que me dê

eles querem meu corpo, apenas isso...
eu não os concedo, eu não consigo, eu me indgino...

portanto anseio te encontrar, e se para isso for necessário,
eis que vou....
dar-me-ei de presente ao mundo!

Variety (1983) Movie Online

Variety (1983)
http://www.imdb.com/title/tt0090251/

deixarei que todos me revirem ao avesso,
que linguas sintam o sabor de minha pele,
que devorem meu corpo inteiro, 
mesmo que depois disso eu me sinta ainda mais vazia...

te buscarei em corpos desguarnecidos, 
te buscarei em  bocas ávidas,
te buscarei em  suores vencidos, 
te buscarei em  suspiros ouvidos,
te buscarei em olhares mesquinhos,
te buscarei em camas alheias...

enquanto não te alcançar-te, serei eu: a mais gélidas das temperaturas, a mais belas das estatuas, a mais ausência ali presente, estarei lá dispondo de meu corpo nu, sem alma alguma, ali serei eu-não-eu, algofila de meu ser usado por todos.


deixarei que me susurrem mentiras em meus ouvidos, 
enquanto eu me torno cada vez mais de ninguem, 
senão tua!

te diligenciarei, enloquecida assim, como sou, pois tu, foste feito somente para mim!
mudei o botão de me apaixonar e me fuder te procurando,
agora vou deixar que me abusem e quem sabe um dia caio por acidente em teus braços!

desbloqueio-me de vez,
desfaco-me de meu ser não sido,
descodifico todos os misterios contidos,
descontraio sendo a mais contraida,
desconfio do amor não cedido,
desmorono em terreno maldito.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

today your love, tomorrow the world!


como se todos os problemas, fossem bolhas de sabão explodidos no ar;
como se seu corpo, desaflorasse como as cerejeiras de abril;
como se sua realidade, concretizasse em sonho jamais despertado;

- ela, no eterno, não crê ... 

aqueloutro momento, aqueloutra consciência íntima, aquelouro encanto, não volta! estes se foram, se diluíram, ele, o sentimento jamais poderá ser vivido novamente: ele é único, ou melhor, era, ele morto está. 

como se não extinto, fosse o amanha;
como se aquelas duas almas da madrugada passada, não fossem duas, mas uma só;
como se aqueles suspiros embreagassem em nosso odor,

no dia anterior ao de hoje: não roubei alma alguma, e sim, encontrei a minha desaparecida, entrelaçada em respirações ávidas e veementes.

ontem, foi um dia que amanheceu no hoje, ontem foi um dia que não mais será...
ontem, é similar á sentimentos espasmos, ontem dentro de mim, permanecerá.

como se meu pescoço fosse tua comida preferida;
como se tua barba aluísse toda minha estrutura sida;
como se o toque de nossos corpos nus: o pior dos terremotos!

yesterday's gone, today's now, tomorrow never ends!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

embolos...

a que dar-se-a o fato de vomitar palavas?
quando, pra ti abro porta minha: nua, diluida, ainda pura

á ti entrego meu maior precioso tesouro:
entrego minha pele;
entrego todos exageros meus;
entrego meu néctar liquido;
entrego meus devaneios secretos;
entrego loucura desmedida;
entrego minha vontade faminta;
entrego todo o meu ser, não sido.

mas neste embustro, já cai,
bem sei como desvia-lo...
não ha culpado algum nesta fábula...

tu ás um prisioneiro  minguado,
anulado em calabouço inquebravel,
uma eterna solitária.















Banksy



- pobre de ti, um homem de tão convincente de verdades!
 acabar assim! pobre de ti!

se sonhas tu, que possas ser eu, libertadora tua,
- não ouse...
nem pouco tenho forcas concretas para erguer uma formiga.

refugia-mo, pois bem sei onde devo seguir,
um lugar distante de ti,
aqui, somente eu, em espasmos de ti.