quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Garimpando Hipóteses!

.Busco-te* : a ti, eu Busco*.

Há tempos, me dei conta, de que havia abandonado a mim mesma, minha amnesia, porém não me permite sequer devanear: onde deixei de viver? Quando esqueci aberta a portinha de minha gaiola  dourada e deixei minha alma voar para tão longe que já não mais posso senti-la?
Estara elá, em lugar desconhecido por meu corpo? Em que espelho perdi meu ser? Não sei como iniciou-se minha metamorfose oposta a de uma borboleta?

- Se alguém tiver um "lembrador", favor ceder!

Alfred Hitchcock's classic thriller, The Birds.

Tenho medo da paz, da tranquilidade, do neutro, do cinza, se estar num meio que não, um furacão!
Eu me auto-pertubo, me alto-desvio, pois não sei viver se não o caos!

Me agoniam contos de finais felizes! 
Sei que não são reais, e sim peças malignas de quebra-cabeças para, 
que se tornem, as pessoas estupidas:  
a espera de algo que não existe, algo ilusório! 

Sinto uma vontade revoltante riducularmente corrupta de me enganar a ser um desses personagens dos finais felizes para sempre: 
- Ele se olham, e suspiram, e a luz fecha até tudo escuro ficar... 
 - Para onde foram eles?

O fogo se não queimar, não é fogo.Um fogo verdadeiro, não pode ser morno, se não, não é fogo; 
Mas uma paixao é fogo e pode ser morna, é assim mesmo paixao? 
E o tal do amor? 
Se for real, se for eterno pode ele ser quente, frio e morno? 
Ele pode variar? 
Seria ele mutavel, assim como meu humor? 
Aonde estara você? 

Alfred Hitchcock's classic thriller, The Birds.

Eu te busco, ainda...

Busco-te: em meio de cegos nevoeiros empoeirados;
Busco-te: em terrenos alheios, sem lei;
Busco-te: em caminhos desencontrados por nós;
Busco-te: em longos sonhos alados estrelados,
Busco-te: em abiscos olhados errantes;
Busco-te: em temperos insossos;

- A ti, eu busco para que me sintas parte: de mim.
Meu amor: não tem cor, não tem gosto ou sabor algum....
...  por isso te invento, para que um dia reflita em desfrutar de tal sentimento,
Me entristeço porém, pois sei que tudo não passa de ilusão barata, de projeto nunca desenhado...
- Tu, não existes sequer dentro de meu coração!

      "Como no sonho, a "leogica era outra, era uma que não faz sentido quando, se acorda, pois a verdade maior do sonho se perde. 
       Mas lembra-te que tudo isso acontecia eu acordada e imobilizada pela luz do dia, e a verdade de um sonho estava se passado em a anestesia da noite. Dorme comigo acordado e so assim podereas saber do meu sono grande e saberas o que é o deserto vivo" (Lispector)


Minha esperança é te criar para que tu me firas, pois nunca vou decifrar tal labirinto que nos separa, parq que eu enfim possa ver teus olhos explodindo dentro dos meus...para que meu coracao e o teu segunrem as maos e dancemjuntos ate o fim dos tempos...

Queria acordar desta quimera que criei para que possas viver em um outro mundo, ainda que lá, eu acorde chorrando lágrimas encarnadas de sangue, eu consiga respirar; aqui neste mundo, o ar não me chega!

Me desperte! Por favor, me facas acordar! 
Me faças acreditar que tu não passa de uma fábula!
Me façaas aceitar tua inexistencia! 
- Sejas quem for, me belisque! Já não quero mais sonhar!
 
Já não posso mais viver a te esperar:
olhando através da janela palida caminhos distantes,
distantes como os oceanos,
distantes como o sol e a lua, como eu e você!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ser, ou não ser: o ser!

Ser, ou não ser: que questão?
De quando somos?

Tenho estranhamentos de seres que me jugam por minha carcaça, isso me detona, isso me foi posto nas costas desde que sou pequena! Que ploblemas poderia ter "aquela menina"? Eu sim, posso ter problemas, não "aquela menina", que motivos teria "ela" pra ser tal coisa? pra ser triste? pra ter sequer problemas? Não, ela jamais poderia ter algum. 

Não aguento mais ninguem jeremiando, caindo ao meu lado: B.A.S.T.A!
Quero ser um solitário, para que, assim possa um dia me reconfigurar!

Não seria por tanto cuidado, que não me cuido? 
Não seria por não ser tão bela assim, que  tento estrondear-me? 
alguém pode pensar nisso? 
Não seria para que alguem pudesse ver o que realmente sou?
Alguém pode saber que dentro de mim, mora um intruso que me ordena, que me frita o cérebro? Quanta expectativas teriam as pessoas de mim! Porque esperam tanto de um ser de tamanha falência? Porque vêem em mim caminhos que levam a lugares tão bonitos? Será que não percebem que tal lugar só me é destinado quando sou deixada sonhar?



Eu estou a um passo de tomar uma grande decisão em minha vida, talvés a maior de todas elas! Que ladainha! Decisão nenhuma! Isso tudo não fza sentido algum. A falta de sentido é querer encontrar problemas onde não ha! O depois não existe, e porque estaria eu querendo achar sentido no futuro irreal? 
- Que absurdo!

Sei, que agora não falo nada-com-nada, mas é assim que me encontro: desentendida e brigada com meu ser! Estou tentando me encontrar! Mas não pense o senhor, que será por imposição, ou discurso  arrogante seu, que mudarei de rumo a meu encontro! 
- Eu o farei, sozinha!
Sou egoista? Não, não sou! Eu consigo entender e aceitar tudo de quelquer um, e ainda assim sou egoista? porque aceito tudo ninguem aceita o fato de que eu seja? 

Desculpem-me se eu os desaponto, mas sim: tenho gosto pelo estranho, tenho conciencia de meus atos, tenho atração por homens sensíveis, tenho sede de criar! E depois, tenho a mesma sede para destruir! Tenho fascinio por coisas sombrias! Embora seja eu uma luz, que esta prestes a queimar!
Eu sou assim! E isso não é o que me pesa ou me leva ao desmoronamento, e sim as espectativas, e intrusões de outros seres em meu caminho!

Se sou ao avesso, nem mesmo isso posso ser? E o que vim fazer neste mundo por acaso? Viver interpretando papeis ecolhidos por meus "diretores"? Ou ser apenas um fantoche?

Não consegues ver o quão frágil sou? 
Não consegues ver que não preciso de gritos ou palavras, 
apenas do silêncio? Não ves que quando te empuro, 
o que mais queria era que tu me apertasse em teus braços?
Você não consegue ver isso?
Não se pergunte,
Invada minha alma,
derrube minha porta,
e me ponha pra dormir!


domingo, 12 de setembro de 2010

A procura de Grandes Hematomas não decifrados!

Tenho eu, que encontrar minhas pegadas; Pisadas em caminhos tortos que desconheço e desencontro "meu ser", não sido...Estar á um passo de encontrar quem realmente sou, é um grande enigma, uma indecifrável conjuntura matemática jamais solucionada...

Desde que, vi que não sou, uma só, e sim pedaços fragmentados de meu ser: caindo como folhas de uma árvore não verde, em tarde qualquer, de um outono não lembrado. Não consigo ser uma linha reta, sequer visível, talvez ilusória... deve ser por isso que tu, não consigas decifrar-me, por ser assim, tantas "eus".
Facebook found picture (?)    
E assim, a cada noite não dormida, ao "acordar" penso no que serei hoje! Que fantasia irei vestir? Serei eu mariposa ou borboleta? O que faço aqui perdida neste mundo tão imenso, tão cheio, tão rico, e ao mesmo tempo tão medíocre? Não consigo entender pessoas que acordam como nos comerciais de margarina, embora, confesso que as vezes, acordo assim! Raramente!

Não, não é facil ser tantos pedaços dentro de um só corpo, que segura uma cabeça mal domada que viaja léguas a cada segundo abracada a uma mente, que assim como o tal do tempo: não para! Quem tera sido o inventor do tempo? Porque o contamos? 

Não paro de questionar, não paro de me perder, não paro de tentar entender o que sou, quem sou, e porque sou?! Será que de fato existo? Ou sou eu, apenas um longo sonho? Ou devaneios de um outro ser? O que é real? Meu real e seu real são os mesmo reais? a mesma moeda? ou sou eu moeda gringa? ou sou eu moeda nula? Não! é tudo ilusório!

E se vão for tudo isso, como um cenário de filme jamais filmado, sinto-me ainda mais perdida, ao ponto de ser quase "não-sentida". O que realmente estou a procurar: uma âncora? ou asas? Não consigo responder...

"Eu era a imagem oq ue eu nnao era, e essa imagem do não-ser me cumulava toda: um dos modos mais fortes é ser negativamente. Como eu não sabia o que eu era, então "não-ser" era minha maior aproximação da verdade, pelo menos eu tinha o lado avesso: eu pelo menos tinha o "não", tinha meu oposto." (Lispector)

Não tenho eu, fome alguma de viver, pois não encontro sequer o porque de minha existência, não sou nada, mas respiro? Alguém pode me responder: porque me jogaram no mundo? Se vim ao mundo para encontrar-me, cavo aqui minha cova, minha própria tragédia... Não sou eu, o que os outros veem de mim, sequer chego perto de ser! Pelo menos isso sei: não sou! Porque sou assim vista, ser belo e forte e não assim vivida?

Meu retrato não reflete abismo algum! Somente se conseguirem ler-me por dentro.... pois aca sou um fórfex desmedido... meu silêncio é por mim gritado, em palavras mal escritas, presas e  roucas que lutam como gladiadores para sair de minha garganta arranhada, mas não saem, não vencem, são  apenas derrotados de guerra, não falo, silencio, e tento vomitar pelos dedos... é mais facil... mesmo sendo escritos tortos, como poderiam ser diferentes?

Sim! Quero a vida, mas esta escorrega de mim, a cada vez que tento toca-la. "Não minto para formar verdades falsas"; nunca poderia, se pudesse seria mais fácil! Mas desconheço minha verdade, sequer sei se esta é por mim possuida. Já não mais posso suportar, não saber o que sou, quem sou, por tanto diversos que me transformo a cada movimento dado, a cada passo pisado por ponteiros do relógio; Em uma hora poderia ser várias fantasias de um só carnaval!

Tentem me informar poque sou eu, fugitiva de minha própria alma? Porque tantos porques? Porque fico tentando entender, ou apenas encontrar onde todo esse caos teve início? Em que espelho me olhei e deparei-me com esse ser vazio? Em que espelho foi perdida minha alma?

ps: sei que meus textos são repetições chatas, dos mesmos, mas preciso compreender para sair daqui!

domingo, 5 de setembro de 2010

Respondendo a pergunta de Castores e Libelulas, da noite de ontem....

Minha busca ao "não-sei-o-que" me fere, como a mais poderosa das adagas perfurando meu coração... Lentamente, torno meu ser, cada vez mais ermo, decadente de sentimentos decentes.  
Já não mais posso ser, já não mais posso acreditar num outrem, já não mais durmo, assim não posso  sonhar com o amanhã...
- o amanhã existe?
Foto: André Katopodis & Zee Nunes

Já não mais sei, o que é real ou "não-real", nesta desordem de idéias que se fundem aqui dentro de mim!

Se tu, nunca fostes, como podes ter voltado a ser? Eu, já não mais quero ser, o que sempre fui... ou que que tenho me tornado... me fiz, me trasformei, e não consigo dar-me-a identificção á este ser não sido!

Seria esta, a causa de toda minha desordem mental? Por não ter jogado no lixo, e sim perdido, aquilo que já não mais era necessário para mim?

Seres humanos, não evoluídos, ou medíocres como minha carcaça, tendem a não aceitar perder...
Embora seja eu, autora, culpada, e conhecedora consiente de que perdi. assumo! Perdi o "algo que já não mais tinha valor"...Não me lembro o dia, ou onde "o" perdi, não adianta, não importa o quanto me esforce ou tente lembrar-me, onde perdi "o grampo"...  desde então, tenho medo da vida, tenho medo de minha própria respiração!

Presa neste abismo, por mim criado, sempre estarei, pois não consigo encaixar-me  no quebra-cabeça deste mundo morfado... as vezes, acho que poderia ser tantos "eus" desavindos, ao mesmo tempo, que me assusta, ser quem sou. Eu não me aguento, eu só: já me basta!

Foto: André Katopodis & Zee Nunes

"Fico tão assustada quando percebo que durante horas perdi minha formação humana. Não sei se terei uma outra para subistituir a perdida." (Lispector)

Agora, assim como você, caminho como uma barata tonta, sem saber onde ir, perdida em um labirinto ambíguo... já não mais sei que caminho seguir, ou se devo seguir, já não consigo encontrar saida alguma que me faça poder respirar o ar deste mundo; O ar, doí quando entra em mim, ele me fere, ele peverte o pouco que resta dentro de mim.

E deve ter sido, de fato, por pura covardia de me aproximar dos outros mortais, que te criei! 
Te criei para ser minha assombração;
Te criei, querendo acreditar que tu podes ser real; 
Te criei para que tu sejas meus pesadelos; 
- e tu, não passas de uma desordem de meus devaneios falidos.
Te criei para me confundir;
Te criei para me isolar do mundo;
Te criei, pois ser que tu não é possível;
Te criei para me machucar
- e tu, vais mais fundo, trazendo dores insuportáveis.
Te criei, para me perder, e jamais poder encontrar-me.

Foto: André Katopodis & Zee Nunes
Admito meus erros! Assumo: joguei minha alma ancorada ao abismo... e tento pensar, se haveria sequer alguma forma de resgata-la!? Mas nem mesmo, sei se a quero de volta... Não posso ser, sem você, e tu não es real, então não sou!

"Estou tão assustada que só poderei aceitar que me perdi se imaginar que alguém me está dando a mão." (Lispector)

Acredito que desisti de ser, desisti de viver, desisti de acreditar, logo eu! Que era alguém, digamos assim: tão forte, marcante e sonhadora... Agora, não mais. Sou eu, apenas alguém que odeia a palavra "esperança"; não odeio porém o inseto verde chamado pelo mesmo nome!

E foi, desde que percebi que perdi, o "algo" que já não mais precisava, que te criei, e me atirei ao caos... para pensar que juntos seremos o paraiso, apenas, juntos. O paraíso, é exato o que não quero, porque ele não existe sem você, e você não existe! E aca estou novamente tão perdida, pois só, não vou a lugar algum, pois só não existo, não sou!

Sim, sou eu aos pedaços, vários pedacinhos, posso ver cada um deles: uns voando longe, uns desabando ao lado, uns apodrecendo por dentro... Eles, meus pedaços, foram por mim cortados para te procurar. Me dilacerei em varios pedaços e os joguei ao mundo, em busca de ti! E agora, sou eu, um alguém imcompleto, as vezes vazia, as vezes transbordando, as vezes em metades: me matei para te encontrar.

"Desamparada, eu te entrego tudo - ... 
- Por te falar eu te assustarei e te perderei? ... 
e por me perder eu te perderia." 
(Lispector)

 Pouco me importa, se jamais te encontrar... essa verdade é mentirosa, sou carente, mas tenho medo do mundo. Sei pronunciar bobagens, e fazer pessoas rirem, mas não sei rir! Não sei enfrentar o mundo, é mais fácil, o criar, como uma história inventada, cheia de ilusões, uma mentira ... é sofrido, posso asseverar, mas, acredite em mim, é mais fácil "viver" no irreal, pois não caibo neste mundo. 

Nenhum amor é tão grande para me completar, nenhum! Nem mesmo sei se sou conhecedora deste sentimento: o tal do amor... Tal sentimento dissentido, me causa ânsia de vômitos! Eu quero sentir, o que mais tenho medo: o amor! 

Ao que me é possivel "ver", so poderei ter tal sentimento, quando por fim, ver que tu és real, e puder segurar-te as mãos, ou seja, não sou eu um alguém merecedor de tal sentimento, de tal palavra! Não! Não sou um alguém desamado, e quiçá por ter recebido tanto amor, não sou capaz de senti-lo, ou simplismente da-lo de presente a alguém... assim como uma caixinha de bombons!

Assim te criei para que eu viva, para que tenha um porque, como um enigma. Viver uma não realidade, mas uma mentira minha! E assim, que ao perder o que não mais me era essencial, ganhei o caos, e te criei. Sim! Sou a covardia disfarçada em menina-mulher!

Quando já não vejo como encontrar-me, quando me deixo ser tomada pela desordem, é mais fácil fugir, é mais fácil não querer ver, é mais fácil me enterrar num buraco e viver, assim como vivem as topeiras. Não, ninguém pode me dar, não necessito de luz alguma! A luz me fere as corneas. Melhor mesmo que eu aceite "viver" presa e muda, apenas esperando o impossível: que tu venhas ao meu encontro, mesmo que este seja em sonhos!

Foto: André Katopodis & Zee Nunes
"Eu me pergunto: se eu olhar a escuridão com uma lente, verei mais que a escuridão?" (Lispector)

Eu, diferente de ti, tardo meu despertar para a realidade, não os adio em palavras, sou "vomitadora" de palavras tortas. Sou covarde, invento mundos inesistentes, me calo, e vomito minhas angustias, meu medo de viver, em formas de letras distorcidas e silêncio!

O mundo me assusta! As pessoas reais me machucam, quando eu falo, elas não me entendem, o que sou elas não conseguem ver, ha se soubessem, quão covarde, eu sou. Sim, o maior dos pesadelos, não é nunca te encontrar, e sim encarar o mundo, e assim, criei um outro só pra mim. Não estou certa, nem convencida de que um dia terei coragem de "ligar o botão" e viver o horror do mundo verdadeiro. Tenho que admitir: o mundo tem coração, ele vive, por certo mais do que eu!

*ps: demorei a encontrar algum livro de dona Lispector, mas sabia que, como todos os meus livros são riscados e grifados, encontraria em algum, frases que complementassem meu texto! Ha se eu pudesse trocar pensamentos com dona Clarice, por certo, poderiamos nos entender, ou nos perdermos ainda mais!