quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

COLD AS Hell

I might dont know how to spress myself in another language...
If I have been something before it doesnt matter or I cant even remmember
but this world taste as gall!

it seems Im one silly thing in the whole world that think that the
TRUE LOVE
exists! silly me I know...
there's no such I think at list for me...

Maybe run way of the pain is my only solution...
I get hurt when people talk, my friends or wheever I got out of my cave!

MAYBE Im the one crazy. maybe
but one thing I know its true
IT hurts to different, It hurts seach for you,
It hurts to be myself

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

.círculos.

Foto: Dasha Yastrebova


Era imaginado um algo remoto-distante:
cercado por névoa, coberto por um mar furioso.
Ali chovia há dias, e assim proseguiria por um período longo e cansativo.
- A decepção é ilustrada em memórias líquidas...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

tua morte, arde em mim:

Sinto cada falecimento teu,
tua morte está em mim... impregnada como graxa
eu me     
em tua morte não durmo.

te procuro ao meu lado, em vão.

                                                                    Foto: Chadwick Tyler

Em vão tambem todas as ilusões que respirei antes de tua morte.
Para que ter nascido amor tão frágil?
MARTIN.
Martin, era o nome desse amor, também falecido...

Se tão inútil seria o irreal do passado, antes não tivesse sido.
Me largue dos pensamentos, dispersados em ti.
O pavor de abrir os olhos mal fechados e deparar

minha mão fria te procurando,
meus olhos tristes te chorando,
meu coração morfado te matando.

Agora não há soluções, somente soluço seco...
< a dor > ...
e o silêncio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

relatorio. dia 1

não não é um sonho, nem pesadelo.
tentei me acordar 300 vezes, mas não estou dormindo.
o telefone esta aqui, porém silenciado.
vc não vai me acordar, não vai me abracar, não vai me dizer
que vc esta aqui e que esta tudo bem...
tenho medo de todas as coisas serias, não as suporto.

me pedistes que sumisse, e aqui estou apagando dolorosamente
com uma borracha, teu nome de minha alma penada.

queria ser madura para suportar e sábia para levar essa remessa de solo
ardido, mas não sou, tão pouco forte.
sou mais fragil que uma asa de borboleta manca. e por isso vivo a perder.



se perdi, queria encontrar. mas acho que não sou digna de perdão algum.
se te feri, me parti ao meio...
agora colherei minha mísera plantação.

sem você não sou nada, nem mesmo a metade partida...
eu que me costure, me arrodeie os bracos e me abrace quando no escuro estiver.
a luz acabou.

a viagem da baleia




leia-me e te confesso, eras (tu). o único a ser ... 
e assim partiu-me ai meio, ou  micropedaços que sangram salgado.
minha boca,  tu.(a).
em maior desespero cantavam pelos dedos, te perseguindo 
e assim como ouvi de (ti). 
que não me queria, ali, 
ouvi você (tu). 
partindo, me silenciando, me partindo ainda mais sangrados, micro.
lembrarei (te). 
todos os dias, que pude sentir a barriga sorrindo
(tu). 
me destes olhos para que eu visse, ser possível...
partiu, (tu). me partiu (eu-sem-tu).
fostes nadando, até que sumistes no horizonte.
agora, cantas (tu).
com as sereias, ora nadas com as baleias.
aqui, o pingo, em vermelho. 
em breve ás moscas, ao difunto.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

# enssaio capilar 1:

- Não! Não vou ao matadouro, sabes que sofro indo até lá! Todos aqueles cabeleireiros-açougueiros; veja nos olhos deles, todos eles parecem ter herdado o espírito de Van Gogh.             ...
...
- Não quero nada só para mim, nem mesmo seu ultimo fio dourado! Vou embora! Cansei dessa paisagem!

...

   -  Como ousas a me chamar de louco ?! Não fora por ele, por um único fio rubro que voou em minha camisa de seda puríssima, há quase uma decada, e por causa dele, deste fio, te conheci e te amei? Agora vais negar?


-     Minha vida esta chegando ao fim!  Não percebes? Há coisas que ganhamos para perdermos ao longo da vida, e os cabelos, eles não seriam uma dessas coisas? Pense bem!

-       Não te recordas de quando me conhecera? Como tinha uma farta juba? Olhe para mim, me digas o que vê? Porque foi exatamente desta forma que meu pai morera… Já me sinto doente...
...    
-       Outro dia desses, tive um medo terrivel,  imaginei que era tua hora, veja  encontrei 782 (setecentos e oitenta e dois) fios de cabelos em sua escova! Mais um vez? Não me chame de louco!
...    
-       Nao fique ai repetindo esse teu silêncio ensurdecedor, enquanto morro careca! Venha, largue esse piano engordurado e me acarecie o que resta na cabeça.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

preto

Foto: Logan White

Era preto: A borda do livro que lia; as rodinhas do banco da manicure; um quarto do velho espanador; algumas de minhas unhas roídas; os potes de tintas; a cordinha do chaveiro de borracha; as toalhas sujas jogadas no chão; o saco da lixeira do banheiro; minha calça colada.
Foto: Logan White

 Era preto: O café quente que me acordava todas as manhãs; a crina do cavalo selvagem; o bigode do senhor que esperava o onibus; o maiô da mulher gorda banhava-se na praia; a última azeitona não comida, o escuro do cinema; os cabelos lisos das índias.

Era preto: A pipa solitária que perambulava no céu azul; os bicos dos peitos de Maria Alice; o nariz e as pontas das orelhas de Tofu, meu cachorro; a cafeteira quebrada esquecida no movel da cozinha; dois dos pontéiros daquele relógio; a calda do bolo de chocolate que me engordava nas férias, as roupas em dias de luto, a eterna distância entre eu e meu pai.

 Foto: Logan White

Era preto: O anoitecer em Ibiapina; o misterioso fundo do mar, o enigma não revelado dos olhos dele; a risada da mulher da casa vermelha; uma única mecha dos cabelos de meu avô, a pequena calçinha usada para seduzir; minha melancolia diária, todos os segundos ausentes de ti.

descodificação

Público, tornarseá algo além de prisões, assim sem esconderijo algum.
Sem preservação, sem mistérios, sem mentiras, como um livro aberto de páginas voadas...
- Observe, o cheiro das páginas voando ao vento.
Foto: Ellen Roggers

Outrora apenas um sonho, um devaneio, uma forma incomum de observação ou interpretação, uma fuga, ou até outro tema...
- Seu rosto, é como um tédio no topo de uma colina na primavera.

eu, contra o tempo...


O tempo não passa e dói...restando somente os sentimentos, os poucos que ainda temos. 
Ele, em mim arde, me queima, derrete-me a pele branca desbotada.

domingo, 31 de julho de 2011

sim, ainda é julho!

Não consegueria descrever, que dor tem a distância...Agora, como melão, e penso em vc meio amarelo escuro, quase laranja.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ele vrs ela; o silêncio vrs. o tempo; e todos os opostos..

Ela tagarela, ele silencia;
enquanto olhavam os relógios derretendo na parede manchada,
e discutiam sobre não conseguirem parar o tempo.

Ela responde, ele silencia;
em todas as árvores, ou todos os lugares aonde os dois se possuíam,
e esqueciam que não conseguiam parar o tempo.

Ela geme, ele silencia:
o vento batia, o rio corria (fora vrs. dentro), as nuvens modificavam e voltavam a ser as mesmas
e o tempo corria, eles não o podiam parar

Ela cala, ele silencia;
os quartos, os vazios, os corpos, o tempo.
(esquecido pelos dois)

domingo, 26 de junho de 2011

Brabo, ele, Bernardo.

Amo os brutos, os bárbaros, os barbudos...
tenho fascínio por eles...
quando pequena afirmava: casaria com o Brutus.

Amo os brutos, os verdadeiros, os não lapidados
tenho medo de me matar por um destes
quando sonhava em núvens fálicas

Amo os bárbaros, os resistentes, os vitoriosos...
tenho adimiração pela diferença de sermos...
quando era, não seria assim

Amo os barbudos,
os que se escondem dentro da sua própria caverna
uma caverna, era tudo que cobiçava ser.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Tua pele mais profunda

"... Não me olhes ai da tua ausência com essa gravidade um tanto infantil que fazia do teu rosto uma máscara de jovem faraó núbio... De ti tenho mais que isso, mas na lembrança me voltas nua e derramada... Oh viajante de ti mema, máquina de esquecimento! ... onde vivemos os intermináveis caminhos de um efêmero encontro."

" Eu aprendia contigo linguagens paralelas; a dessa geometria do teu corpo que me echia a boca e as mãos de teoremas tremulos... Então aprendi que, em tua boca, pena era um outro nome do pudor e da vergonha, e que não te decidias a minha nova sede que já tinhas saciadotanto, que me rejeitavas implotando com essa maneira de esconder os olhos..."

" ... murmurar meu último desejo com o correr das mãos pelas mais doces colinas... Sei que fechei os olhos, que lambi o sal da tua pele, que desci derrubando-te até sentir em teus rins o estreitamento da jarra onde a mãos se apóiam em rítmo de oferenda; em algum momento cheguei a perder-me na passage desviada e apertada que se negava ao gozo dos meus lábios enquanto lá nos confins... tua perna murmurava uma última defesa abandonada."

"...é que  essa musgosa frangância, essa canela de sombra fez seu caminho secreto a partir  do esquecimento necessário e instantaneo... Tu não eras sabor nem cheiro... Fecho os olhos e aspiro no passado esse perfume da tua carne mais secreta, gostaria de não abri-los neste agora em que leio e fumo e ainda acredito estar vivendo."
(Cortázar,Julio)

domingo, 22 de maio de 2011

(eu odeio): O TEU SILêNCIO:

foto: Eugene Atget

não te sumas porque
te reclamei de meu amor;

tenho meus medos ralos,
nado em minhas loucuras, ou
me perco em meus não sentidos.

te imagino só meu;
te sonho em todas as noites
não dormidas:
- claras como pó de arroz;
te sinto quando tu me acordas
à distância, me beijando as orelhas;
- éis que te esfrego em meu lençol alheio:

teu suor tem cheiro de graxa derretida,
teu suor tem gosto  de cafe de máquina,
teu suor tem formas de arco-íris de inverno,
teu suor tem a cor mais pura de minha poesia.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

* Segredos:

 foto: August Sander

Hoje, pela manhã
descobri porque não gosto das pessoas:
- Porque elas me ferem;
- Porque não me entendem;
- Porque querem que eu seja, alguém que não sou

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Sonambulância":



Hoje acordei segurando tua mão.
porém, quando abri os olhos,
vi que  ainda dormia!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

um brinde:

começo a pensar que
de minha garganta não sai
nada se não:BLASFEMIA:

por favor me arranque
os cabelos tingidos
me jogue na
parede ralada
me tranque no
quarto escuro
me dispa desses
trapos furados
me leve para
o fim do mundo!

me and you must to be...

Meu pensamento
longe e fixo em
moço calado, um
quase acanhado
...
Te observo em
meus devaneios
desprendidos
de meu ser
doentemente sido
...
Tão cheio de
informações e
ao mesmo tempo
tão puro e branco
...
Vestido assim
em teu silêncio
misterioso e mediocre
te dispo com minha
lingua aspera
...
Voe para mim,
que eu te remo
para a lua.

true:

Me ALWAYS me

Me ALWAYS me "never" going to be able
to KILL it

Me ALWAYS me
I AM the dark sun.



FOTO: Ryan McGinley

preto & branco!

TU tens apenas dois tons, um é vc o outro sou eu!

fly me to the moon

Não me importo
se tens mãos de
pianista aposentado
...
Mas sim que
teu beijo me tire
os pés do chão
me metralhe a alma
me faça esquecer que
sou alguem...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Você, minha novela repetida em tela amarela

Nossos corraçoes juntos é passado,
e nao há modo algum, como ser rebombinado ou re-lançado como novela de sessao da tarde.
...
E assim os sentidos se perdem no ar...
Como se transformam as nuvens no ceu azul de primavera
...
Agora, posso te esquecer para sempre, pois vejo que o que vivemos
foi um conto de fadas só meu, e este mesmo, se contado,
também nao será escutado da mesma altura, tao pouco terá o mesmo som,
...
Terá outro sentido, como se eu contasse outra história, ate mesmo teriam outros
personagens, e outra estaçao do ano.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas...

- O que aconteceu? Por acaso viu uma assombração?
(Silêncio)
- Ande! Fala-me, ou vais ficar me olhando com essa cara de montanha russa sacodida?
(Silêncio, panico no olhar)
- Porque não me responde?
- Porque gosto de perguntas sem respostas.
(Olhar infiito)
Silencio - F.J. Ossang, 2007, b&w & color, 16mm










quarta-feira, 27 de abril de 2011

ameaça:

em minha pele o cheiro de tua carne suada
roçagado em minha tão branca
desenha me com tua lingua,
me tirando com força qualquer e todo
som que posso emitir.

ontem, o silêncio:
caiu, se espatifando no chão frio da sala de estar,
enquanto meu sangue entrava em ebolicao
querendo furar minha carne explodindo
dentro de tuas quatro paredes observadoras

minha boca, da coluna serena,
procurava outros sabores...
não tinhas tu, outra boca bem centralizada,
mas cheiros misteriosos que horas me confortavam a alma,
horas me arrancavam os cabelos...

em teu centro: nao uma boca berrante
mais uma faca afiada,
que me sentiu calafrios azuis,
me cortou profundamente ao meio
me partindo em dois.

terça-feira, 26 de abril de 2011

preciso andar....

ando hoje em retas curvas
desloco-me cada vez
para mais perto do horizinte,
do infinito, do silencio, nao te dito
...
caminho com minhas pernas tremulas
atrapalhada por a saliva de minha
boca do meio,esta nao para de falar,
e' sem du'vida alguma: devoradora do mundo
...
sigo assim, o meu caminho
desfigurado, sem mapas,
sem rumo, sem lenco ou documento;
sem sequer separar minha boca aguada
cheia de vontades proprias
de meu corpo caido, e mente suja.

segunda-feira, 25 de abril de 2011


a minha boca te grita
salivando em tons brancos
ela fala a lingua secreta
das mariposas serelepes

a minha boca te morde
feito fera selvagem em caca
rocando em tua barba suada

a minha boca tremula...
desagua ao te ver
nem que em flash
de um outro filme dormido

domingo, 24 de abril de 2011

YOU are my:

imagem Daniel Melim

Vamos ver ate' aonde a corda estica:
RIFA-ME!
 *esse filho da puta do MEU homem so' existe nos meus sonhos...ou pesadelos! wake up!
 nao... nao era tristeza, era apenas um vazio... um vazio de perder algo, que nunca tive.
Se o Amor esta' para mim,
assim como o Sol esta' para a Lua
...
O que mais posso fazer alem de
Nao prestar?
imagem:Thais Rivoire

quarta-feira, 20 de abril de 2011

.três em um.

 
Era tudo nostalgia: O silêncio; a montanha; o luar; as cobertas; os corpos suados; a música que se ouvia; a morte...
Era tudo nostalgia: 
as palavras ditas em olhares; o doce cheiro do orvalho; a brisa forte de outono; o chão gelado; sabor da boca dele, o barulho dos insetos; o suor que antecedia a morte...
 Era tudo nostalgia:
Os gemidos abafados pelo medo do proibido;
A umidade que se misturava em tons opostos;
O sufoco que chegou após a chuva torrencial;
Os lençóis  vermelhos manchados de amor;
Os dois que viraram um só;
A mais perfeita das sonatas;
O enterro duplo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

EGOISMO

Te criei somente: para amaciar minha mente,
para nao sangrar meu coracao branco,
para poder dormir com alguem em noites
em que me sentisse sozinha
...

Te criei para inventar sorrisos duplos,
para passear no parque de maos dadas,
para nao almocar olhando somente para o prato:
cheio, depois vazio.

Te criei para que me contasses estorias fantasticas,
para poder ter com quem brigar,
para ter com quem ficar domingos desinteressados ao lado...

Te criei somente para que me mantivesse viva,
para que conseguisse respirar
...
Dentro de meu proprio caos, vazio e negro que sou...
como opostos: alto e baixo, forte e fraca,
tao branca por fora, tao negra por dentro.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

poeira de copo

unknow image
como se meu corpo todo fosse um unico vazio escuro,
porque meu eco te encontra la no fim do mundo
e voce responde em branco de volta pra mim.

depois disso, todos os copos estao partidos.
e so restam: caquinhos.

domingo, 3 de abril de 2011

tres ou dois!

imagem: grete stern
DESacordou,
e assim que viu sua imagem no espelho
...
o silencio paralisado.
Eram lagrimas, lagrimas rubras... e seu corpo ardia...
e ela podia se achar adormecida ate o fim...

Seu corpo dormente nao estava menos ensanguentado
que sua mente demente...
Foram embora quase apagados da paisagem
(passeavam de maos dadas)

ela, a menina e o caos!

sexta-feira, 25 de março de 2011

invasao.

imagem:Grete Stern
 

a porta esta fechada,
mas as pessoas estao dentro

e muito mais pesado
que posso carregar,
nao consigo vomitar:
- inflo,
como um daqueles colchoes americanos.

os balhulhos me destroem,
os cheiros me embrulham,
os olhares me mastigam,
os abracos me ferem
...

ja nao me reconheco no espelho
ja nao sou mais: era.

estou deixando de ser....
ja vejo ate meu corpo em decomposicao.

quinta-feira, 24 de março de 2011

a procura:

quase antes de acordados, ele, ainda de olhos fechados a procurava por entre os lencois brancos com cheiro de alfazema, enquato ela, astuta, ja se enrrolava como cobra sobre o corpo dele. Era esta a estranha busca: eles nunca se viram, sempre trasavam em lugares proibidos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

morta-viva

é difícil respirar
aqui onde o ar é rarefeito
as árvores nao se movimentam
os gostos nao sao sentidos

sinto apenas a ardencia
de meu suor empurrado
pelos poros de meu corpo
decaido
como um anjo, ou demonio

ser é tao complicado
porque tenho em mim
a reuniao de todos os defeitos
nao permitidos

sinceramente:
nacser,me tirou a vida

segunda-feira, 21 de março de 2011

REPULSION:

imagem: nan goldin

com a boca cheia de formigas
o estômago visitado de lagartas,
o coracao vivido de tracas...

sexta-feira, 11 de março de 2011

a dois (dialogo 1)


- queria te dizer algumas coisas...

- que tipo de coisas?

- coisas bonitas...

- então vamos! diga-me, não me deixe curioso.

- não posso...as palavras estão presas

...- não seja timida! vamos fale-me algo!

- não é isso...

- e o que?

- acho que talvez elas não te pertencem.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

carruagem

 (imagem Maurizio Anzeri)
 
da janela do trem veloz
passam correndo paisagens
tao rapidamente que mal consigo sentir
o cheiro do campo
ficaram apenas memorias sonhadas
de campos floridos
de ceus abracados anoitecidos 

o sol foi junto com a ultima fotografia 
a nova trouxe a chuva, o cinza e o vazio
todos eles, renunciaram ao trem

contunuo no mesmo vagao solitario
olhando todas elas, as imagens 
se desfazerem na velocidade silenciosa


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

sonhos acordados em verde

hoje acordei tao longe que nao reconhecia o lugar de onde eu estava
passeavamos o cachorro, e cantavamos como os passaros,
era de manha e tudo era verde.

hoje acordei tao longe que quase consegui sentir o cheiro de onde estava
estavamos sorrindo, andando numa reta que virava curva
era um dia claro, e verde, lord auch estava la.

hoje acordei tao longe de voce que nao reconheci as paredes de onde estava
dormimos separados, mas acordamos juntos como de costume
era manha, em campo estrangeiro, fazia sol.

hoje acordei tao longe que ainda acordei num sonho
seguravamos as maos, e juramos nao sermos frageis
era um barco de sonhos verdes, e a manha mais linda.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

era uma vez uma menina de verdes-olhos

Posso lembrar-me da primeira vez que a vi,
os cabelos dela brilhavam mais do que os raios de sol
do meio da manha....
e voavam como passaros
Que cantam felizes rodeando praia em por-do-sol

Ela tinha sonhos bonitos, desses que tem lacos de fitas e cores,
tao bonitas eram as cores, e os sonhos...
E seus olhos verdes-azeitona-oliva,
nunca vi nenhuma flor de nenhuma arvore
verdes como aqueles olhos...

Ate que um certo dia: o relogio rodou ao contrario,
o dia anoiteceu, A menina virou mulher, os cabelos ja nao brilhavam,
os passaros debandaram, As praias congelaram, o mar secou,
assim como os verdes olhos
- Todas as folhas das arvores cairam assim como caia verde dos olhos da menina-mulher
(tonaram-se vazios e opacos)

Os sonhos nao eram mais sonhados, o sono nao era mais dormido
As cores desbotaram...
Palida era ela, e tudo em que ela tocava morria...
E foi assim que o livro acabou, e ao fim do filme
- ELa desistiu de achar que era, pois ja nao poderia ser