domingo, 21 de fevereiro de 2010

quando será o amanha?

Quanta decepção pode caber em um só coração?
Inaptadamente, ou apenas, assim só deveria ser... mente minha pungente, chega a atingir lugares (imaginários, ou reais) onde sequer, imaginados por outras poderiam ser...
E o que esperar de alguém? Ou porque esperar algo? Não deveriamos agir de forma incita?  Mesmo que,  essa forma, seja avaliada como: tola, irracional ou não planejada? Se os ponteiros do relógio não param de mexer, e eles não andam de forma retrógrada? Eles assim, nunca fazem: os ponteiros andantes!
Então, alguém poderia me dizer: que dia é amanha? e eu lá no amanha, estarei? quem sabe? sabes?  Certo? Mais uma vez, alguém sabe me informar que idiota inventou a frase: "dê tempo ao tempo" ? 
Já é tempo! E depois que ele, o tempo, partir, ele não volta! 
Nada, nenhum momento, nenhum olhar, nenhum desejo, nenhum dia, nada, nenhuma coisa, e nenhum
gosto, nehum sonho, nada, nenhum abraço, nenhum coração desparado ou despedaçado, nada , nenhum sol, nenhum dia de chuva, nenhum mergulho no mar, nenhum escrito bonito, nenhuma palavra não dita, volta ou acontece repetidamente da mesma forma! 

E pessoas, se decepcionam, me assustam, me desprezam, me equecem, me fazem sorrir, me divertem , repelem-se ou em mim se grudam como um imã, nada é por acaso, ou é? Será?

* últimos lidos:

 
O Espinafre de Yukiko- Frédéric Boilet- Conrad  



Garotas de Tóqui- Frédéric Boilet - Conrad 



Chiara Rosenberg - Celestino Pes- Ilustração: Roberto Baldazzini - Zarabatana 

ps: peguei os livros, os que postei hoje, emprestados da Carol, sempre Bela e cheira a Shimeji! kkkkk já vou devolve-los hoje! só falta um! 



  Dica: Na sexta passada ganhei de presente de um amigo muito querido,  "tickets "para ver uma peça de teatro dessas de te fazer rir e chorrar  ao mesmo tempo, e te fazer ver a vida  como ela é, ou pode ser, ou como podemos perder, ou ganhar, de como são simples, ou tão complicadas as "coisas" podem ser. Lá , no teatro: ri, gargalhei e chorrei de soluçar... depois os pensamentos sobre a realidade, minha no caso, (será o agora? senão, o que?) rondaram minha mente por toda a noite, invadiram meus sonhos nunca sonhados!
Depois ainda ganhei um jantar delicia! Quanta coisa! Obrigada, Micael! 

IN ON IT!!
Com: Emílio de Mello e Fernando Eiras.
Direção: Enrique Diaz
Texto: Daniel Maclvor 
Teatro: Faap
Bilheteria: quarta à sábado das 14h às 20h/ domingo das 14h às 17h
Televendas: 3662-7233 e 3662-7234 
QuandoSextas: 21:30hs R$ 40,00/ Sábados: 21h R$ 50,00/ Domingos: 18h R$ 40,00 

*IMPERDIVEL!!!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

os ultimos lidos:

 
A História do amor, Nicole Krauss-Tradução: Paulo Schiller.Companhia das Letras 

"Existem tantas maneiras de estar vivo,mas apenas uma maneira de estar morto."
"...Eu queria ser como eles.E no entanto. Não sabia como.Sempre me senti diferente dos outros,e a diferença doía.E depois dobrei a esquina e o vi. Um elefante imenso,parado solitário na praça.Eu sabia que o imaginava.E no entanto.Eu quis acreditar.Assim tentei. E descobri que podia."


 
Poemas completos de Alberto Carreiro- Ficções do Interlúdio/1- Fernando Pessoa- 12 impressão- Editora Nova Fronteira

"... Depois ele adormece e eu deito-o.
Le-o ao colo para dentro de casa
E deito-o,despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
...
Ele dorme dentro de minha alma
E as vezes acorda de noite
E brinca com meus sonhos.
Vira uns de pernas pro ar,
Põe uns em cima dos outros
...
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro de tua casa.
Despe meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias,caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para e brincar
... "

sábado, 13 de fevereiro de 2010

sorumbático pierrô, na ala das baianas: não entra!

Que importancia tem o carnaval, se a única fantasia que me resta seria a de ser o sorumbático pierrô choroso, que nunca poderia adentrar á "ala das baianas"?

o enrredo é triste, e o medo nos separa, ou a falta de desejo teu, para com um ser bizarro, difícil e complicado: como eu!
que momento seria o nosso?
- acarajé com sabor de lástima?
o que já passou?
- rendas com manchas de sangue?
o que já foi lindo? o que feio foi?
- terreiro de macumba ao som de violinos?
o que vai chegar?
- turbante, em cadeira elétrica
se vai se chegar, e vai chegar?
- panela fritando em próprio pavor!

não, o futuro não existe,
tão pouco presente lúgubre:
- o samba acabou!

os pássaros já não mais cantam,
os panderos ensurdeceram,
o folião, sambar, já não pode,
das bocas, não são audíveis canções:
e o carnaval acabou no dia de começar!

*em meu "carnaval" poderia ser qualquer um dos personagens do filme O Mágico de Oz. de certa forma estão todos presentes em minha vida ausente!

meu corpo é como uma árvore, onde todas as folhas acairam, e o tronco desvanecido está, prestes a cair... ou quem sabe tenho a sorte de ser cortada por alguem, pq não sou bela á natureza alguma...

uma árvore, que atenção chama pela feiura e estranheza, uma espécie em extinção!
e fico esperando assim, que meu nome seja gravado logo no livro dos esquecidos, assim onde são também encontrados os dinossauros.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

.à beira do mar sem fim.

* Uma novidade hoje no meu blog! Encontrei um amigo, que não via, e continuo sem ve-lo, no msn, e escrevemos como dialogos uma "poesia" em dupla. aqui vai sem correção alguma, vômitos de nos dois, a procura de nossas almas!
- Nossos nomes e horarios estão descritos, em cores diferentes!


foto: mathilda lando from leon: the professional, image from autumn in my veins

paulo amoreira says: (15:18:36)
minha alma anda cansada de pender por escadas até esquecer onde está.

manuchxa says: (15:20:29)
pelos corredores sombrios, não sei mais em que direção me encontro, se para o ceu, ou inferno, e as escadas são como labirintos.

paulo amoreira says: (15:23:04)
com asas escuras sobre meus olhos, caminhando sem me encontrar, descubro que meu corpo está mais perto do que posso imaginar de um dia em que fui quem sonhava, como quem dorme à beira-mar.

manuchxa says: (15:29:42)
Ou quem acorda de sonhos claros, onde podia sentir uma brisa amena, galopando em cavalo alado, cabelos voando, e meus verdes oceanos observando o mar revolto, tornando-se cada vez mais nítido, com o nascer dos primeiros raios de sol.

paulo amoreira says: (15:31:40)
e então não mais como se sonhasse, as portas cinzas ficam amarelas, a casa toda é feita de laços de fita escarlate. os olhos vêem. a pele acende. a voz ascende. e tudo em volta me diz verdade.

manuchxa says: (15:34:35)
que de fato, real, não sou, pois não reflito imagem alguma, ninguem pode me ver, nem mesmo eu. e cada dia mais me transformo em um ser não vivido, até por fim, perder completamente, imagem minha, tornando-me, efim, minha alma, nua e crua!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

.tu em mim, meus devaneios em ti.

eu tanto que te quero, que não mesmo sei como querer-te, ou ao mesmo, o que de ti querer.

tua quimera, é tão presente em sua falta de comparência, que posso sentir, teu corpo me roçar, mesmo sem que tu comigo estejas.

quandos apagam-se as luzes, acendendo assim meus verdes oceanos, não finitos, perdidos em teus olhos afligidos e distantes.

desde a primeira vez, em que meus lábios os teus tocaram, e tua saliva a minha se misturou, tornando teus beiços minha melhor comida e tua saliva a água que preciso beber para viver,eu sabia, desde então, que eras tu, meu complemento, meu homem.

e tu te fostes, e eu fiquei, sorrindo absolutamente só, feito boba andorinha, cantarolando todas as noites em tua ausência, por mim não sofrida: porque sinto que me tocas inteira mesmo que de longe, te sinto em mim, mesmo não estando teus ossos, de fato sobre os meus seios partidos.

- como poderia eu, enganar meu corpo em outro corpo, se nossa pele é a mesma pele em 2 corpos distintos?

- como poderia eu, enganar minha boca, se nela ainda permanece teu gosto? sinto tua boca me percorrer inteira, quando fazes que me sinta como fogos de artifícios, explodindo multicoloridos em negro céu, antes de que me ponhas para dormir?

- como poderia eu, enganar meu coração sangrento, se só quando a ti vejo, sinto minha pele suar, tremer e dormir, e quase desmaiar ao mesmo tempo? e que? ou o que mais neste mundo seria capaz de originar em meu ser sonhado, tamanho terremoto, se não tu?

- como poderia eu, enganar meu sexo, se somente tu, te encaixas perfeitamente em mim, como peças de encaixe de brinquedos infantis? és tu, mesmo ausente, que me me levas a voar todas as noites, como um foguete lançado ao espaço. tu es como a chave que me abre, não podes vê?

e quando a escuridão alcança o tempo, deitada em meu leito, te respiro, te abraco, te sinto, te toco e dormimos embolados, mesmo que imaginariamente, e só assim sou capaz de sonhar. quando o preto transforma em tons de cinzas, azuis,laranjas, e por fim amarelo, és tu que ainda dorme ao meu lado em minha cama, e desperta-me com o melhor dos beijos, antes mesmo, que meu sonho devaneiado desapareça, e ao abrir dos meus olhos, possível não seja, ao meu lado, te ver.

é assim que te vejo, te sinto, mesmo que sejas apenas cisma de uma garota sonhadora que sou,. deste modo faço, para que não faça chover gotas rubras de meu coração, por ti abandonado, se a realidade me alcancar, e quando eu, te despir for, tu sumires, como delirio meu, ou apenas como um lindo por-do-sol, que dissolve-se no céu, todas as tardes.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

tu és, meu apetite!

foto: Roy Stuart



Desejo meu maior seria
Abrir dupla de verdes olhos, saboreando
minhas presas em tuas entranhas

tu, homem de palha,
que a todo tempo assenhora-te de meu corpo
de forma que, não seria eu,
marionete de ti apta de tal descrição.
tu, homem remoto,
que a todo tempo penetra minha mente
e cava teus olhos cada vez mais fundo de minha alma
.passeada.

me deixas aqui, fugida de convivências,
explodindo, diariamente em espasmos de ti.

Ultimos livros:

Ultimos Poemas de Amor- Paul Eluard - Tradução Maria Gabriela Llansol- Relógio D'água.


Começo [autobiografia], Nathalie Quintane, 7 Letras- Cosac & Naify

Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll - Tradução Nicolau Svcenko - CosacNaify

A Metamorfose, Franz Kafka- Tradução Modesto Carone - Companhia das Letras

Para Viver com Poesia- Mario Quitanda- Globo

sábado, 6 de fevereiro de 2010

*DES*DES*DES*DES*

DEScalcificada, todo o meu "cálcio" evolou-se de meu corpo sumido! não encontro mais o chão, meus pés são fantasmas que dormem, sou uma cega sem miopia, minha alma, ainda
passeada esta. um raio x foi feito do meu peito, e que desilusão: um pedaço de bolo fora encontrado no lugar do meu coração!
DESmoronada, estou!

***

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

assim tem que ser: assim será, tu, apagado estas!

devastada estou
DES, sempre DES,
no fim do mundo
- trancada, algemada, DESalmada
com um rombo no coração:
que bate ao contrario
por isso me virastes as costas
e tive que esquecer a poesia mais bela
que jamais li
agora DESvairada estou,
sem saber o que fazer
- perdida
por não compreender coisa alguma
por não entender o medo dos outros
por não aceitar "o não" quando eu não acredito:
em tua boca, quando teus olhos perdidos me falam o oposto
ilusória, eu
menina perdida em labirinto indecifrável
- não, não um copo quebrado
mas o maior sentimento do mundo
não explicável
por nada
por tudo, que me resta
agora
eu pegar uma borracha e apagar a obra de arte mais linda que ja fiz na vida!
ou melhor, quase fiz
...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ela abre aqui. ele, fechado ali está!

foto: lise sarfati

te escondes em calabouço, só teu,
não me deixas entrar. não ves que teu medo é ilusório?
- ele é tolo, como tu, que não te permites ser feliz!

ria como um tolo! ande para tras!
sejas ridículo, se entregue, ame!
não te prendas em coisas pequenas que criastes em teu tino,
para tirar tua paz que se foi a tanto tempo...
não vês que não me fiz oculta em tua vida para te libertar?

me deixa! eu tenho a chave que abrirá teu coração!
eu espero! não tenho pressa, e te busco nem que seja no inferno, se assim for preciso!


foto: lise sarfati

te trancas em teu mundo ermo
cercado de letras e pensamentos
- inertes -
que te consomem toda a mente
insensata, que pensa por meios
- induzidos -
e em tua loucura
te enrrolas como
se esta fosse teu lençol
tua capa
afolgando no teu pânico
de se entregar
de sorri feito bobo
de ser livre
de tuas paranoias roídas
e sentir outros tipos de dores
que parecem intermináveis
...
assim elas não são
somente para você
e teus medos literários
- deixe-as -
...
elas vao e vem
como brisas,
como sonhos,
perdidos dentro de tua cuca:
pensante, sabia e solitária
como teu mundo,
e você: aprisionado está.