segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ensimesmada em ti


derramou-se assim novamente
gota de minha dor escorrida em teu suor golpeado
de uma diligencia amorosa
ou uma possivel ilusão
nocauteados em segundo movimento rijo
....

oh! surtado animal sueco
por que te torturas tanto?
porque desvia-te de teus afagos recônditos?
porque trazes tanta dor para dentro de teus peitos sangrentos?

...

era mesmo tudo aquilo irrealizável?
somente isso que de fato seriamos?
e tu nem chegastes a me desvendar?
e como denomearias-me bela?
era fraco? eramos fracos? fomos fracos?
apenas covardes

...

assim contenho-me em meu defeito por ti irreparavel
boneca desalentada, coração nordico distante de mim
partiu de asas, em um cavalo que tem cor de neve ou do leite
derramado?

...

ja não mas tenho como provar-te
que não sou digna de tua afeição
os sentidos não são cridos
inertes
restando apenas a dormência

...

meus olhos cheios de um vazio
provocando aqui, estranhamento inquieto
observam tudo afastando-se
para o ultimo horizonte, jamais alcançados

...

apenas um zunido grita tão baixo
que somente por mim é audivel

...

meus labios secos porem movem-se sorrindo
toda vez que recordo
de como teus olhos pulavam quando nadavam dentro dos meus
e como podiamos voar
como poeira ao vento

...

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