quarta-feira, 27 de abril de 2011

ameaça:

em minha pele o cheiro de tua carne suada
roçagado em minha tão branca
desenha me com tua lingua,
me tirando com força qualquer e todo
som que posso emitir.

ontem, o silêncio:
caiu, se espatifando no chão frio da sala de estar,
enquanto meu sangue entrava em ebolicao
querendo furar minha carne explodindo
dentro de tuas quatro paredes observadoras

minha boca, da coluna serena,
procurava outros sabores...
não tinhas tu, outra boca bem centralizada,
mas cheiros misteriosos que horas me confortavam a alma,
horas me arrancavam os cabelos...

em teu centro: nao uma boca berrante
mais uma faca afiada,
que me sentiu calafrios azuis,
me cortou profundamente ao meio
me partindo em dois.

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