Tenho eu, que encontrar minhas pegadas; Pisadas em caminhos tortos que desconheço e desencontro "meu ser", não sido...Estar á um passo de encontrar quem realmente sou, é um grande enigma, uma indecifrável conjuntura matemática jamais solucionada...
Desde que, vi que não sou, uma só, e sim pedaços fragmentados de meu ser: caindo como folhas de uma árvore não verde, em tarde qualquer, de um outono não lembrado. Não consigo ser uma linha reta, sequer visível, talvez ilusória... deve ser por isso que tu, não consigas decifrar-me, por ser assim, tantas "eus".
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E assim, a cada noite não dormida, ao "acordar" penso no que serei hoje! Que fantasia irei vestir? Serei eu mariposa ou borboleta? O que faço aqui perdida neste mundo tão imenso, tão cheio, tão rico, e ao mesmo tempo tão medíocre? Não consigo entender pessoas que acordam como nos comerciais de margarina, embora, confesso que as vezes, acordo assim! Raramente!
Não, não é facil ser tantos pedaços dentro de um só corpo, que segura uma cabeça mal domada que viaja léguas a cada segundo abracada a uma mente, que assim como o tal do tempo: não para! Quem tera sido o inventor do tempo? Porque o contamos?
Não paro de questionar, não paro de me perder, não paro de tentar entender o que sou, quem sou, e porque sou?! Será que de fato existo? Ou sou eu, apenas um longo sonho? Ou devaneios de um outro ser? O que é real? Meu real e seu real são os mesmo reais? a mesma moeda? ou sou eu moeda gringa? ou sou eu moeda nula? Não! é tudo ilusório!
E se vão for tudo isso, como um cenário de filme jamais filmado, sinto-me ainda mais perdida, ao ponto de ser quase "não-sentida". O que realmente estou a procurar: uma âncora? ou asas? Não consigo responder...
"Eu era a imagem oq ue eu nnao era, e essa imagem do não-ser me cumulava toda: um dos modos mais fortes é ser negativamente. Como eu não sabia o que eu era, então "não-ser" era minha maior aproximação da verdade, pelo menos eu tinha o lado avesso: eu pelo menos tinha o "não", tinha meu oposto." (Lispector)
Não tenho eu, fome alguma de viver, pois não encontro sequer o porque de minha existência, não sou nada, mas respiro? Alguém pode me responder: porque me jogaram no mundo? Se vim ao mundo para encontrar-me, cavo aqui minha cova, minha própria tragédia... Não sou eu, o que os outros veem de mim, sequer chego perto de ser! Pelo menos isso sei: não sou! Porque sou assim vista, ser belo e forte e não assim vivida?
Meu retrato não reflete abismo algum! Somente se conseguirem ler-me por dentro.... pois aca sou um fórfex desmedido... meu silêncio é por mim gritado, em palavras mal escritas, presas e roucas que lutam como gladiadores para sair de minha garganta arranhada, mas não saem, não vencem, são apenas derrotados de guerra, não falo, silencio, e tento vomitar pelos dedos... é mais facil... mesmo sendo escritos tortos, como poderiam ser diferentes?
Sim! Quero a vida, mas esta escorrega de mim, a cada vez que tento toca-la. "Não minto para formar verdades falsas"; nunca poderia, se pudesse seria mais fácil! Mas desconheço minha verdade, sequer sei se esta é por mim possuida. Já não mais posso suportar, não saber o que sou, quem sou, por tanto diversos que me transformo a cada movimento dado, a cada passo pisado por ponteiros do relógio; Em uma hora poderia ser várias fantasias de um só carnaval!
Tentem me informar poque sou eu, fugitiva de minha própria alma? Porque tantos porques? Porque fico tentando entender, ou apenas encontrar onde todo esse caos teve início? Em que espelho me olhei e deparei-me com esse ser vazio? Em que espelho foi perdida minha alma?
ps: sei que meus textos são repetições chatas, dos mesmos, mas preciso compreender para sair daqui!
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