...
"Nao tenho nada meu, tudo me tiraram
E os caminhos onde acabarei morto
Ando por eles como um escravo de cabeça baixa;
De meu so tenho o que sofro Lagrimas, suores e o mas penoso esforço.
Tudo somado coom um objecto de piedade
Se nao for de vergonha aos olhos do mundo dos fortes.

Como nao importa que tenho uma vontade Desvairada de comer e beber; Quanto a dormir sinto uma nostalgia ardente;
Como uma besta, num interminåvel quente.
Durmo pouco ou nada, folguedos nao sao comigo,
...
E,todavia, meu coracao vazio, vai sempre a direto, Apesar da dor, nunca para pra parar.
Poderia ter rido,ficado tonto com meu capricho
A aurora em mim podia escavar seu ninho
...
Nao tenhas piedade, se vossa escolha
E´ serdes estupido e sem justiça:
O dia vira em que serei
Um dos construtores de um edificio vivo
... "
(3 novembro de 1946- Ultimos Poemas de Amor - Paul Eluard)
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